Devaneio – venoso – em meu sangue.
Passageiro.
Cíclico.
Não pulsa, apenas me percorre:
sorrateira ajuda da contração de meus músculos
enquanto os espasmos dinamizam um cotidiano privilegiado.
Às vezes chegam à face.
Então me olhas.
...
terça-feira, 22 de junho de 2010
sábado, 12 de junho de 2010
Semiótica do extremo

“Escrever é estar no extremo de si mesmo.” disse João Cabral de Melo Neto.
Queria ter a honra de completar seu pensamento do meu jeito, ao acrescentar que nos extremos estão as saídas de emergência, nos nossos extremos - nas extremidades do corpo...
Pode-se desandar com o balançar leve ou furioso dos cabelos ao vento: brisa irregular de pensamentos.
Pode-se desarticular com os movimentos automáticos das falanges desconcertadamente harmoniosas, rasgando o papel do sentimento, partindo a Palavra em tijolos a serem colados com sonhos.
Pode-se friccionar os pés na água fria dos medos, perder temporariamente a sensibilidade do mundo por falta de circulação de ósculos sinceros (vermelhos, pulsantes!) como forma de se preparar para andar entre pedregulhos com mais resistência.
Pode-se esperar que não o separem de tuas extremidades.
Um motivo de não aceitar sorridente a religião das controvérsias, a mutiladora de membros/liberdades.
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